segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sobre Kimi wa petto (dorama)

Kimi wa petto きみはペット - Tramps like us (dorama)

Um exemplo de série que eu, desavisada, não dava nada antes de começar a assistir. A verdade é que fiquei interessada nela simplesmente porque o papel do protagonista foi interpretado pelo Matsumoto Jun.
A história é baseada no mangá josei de Yayoi Ogawa e gira em torno de Sumire Iwaya (Katō Koyuki) uma jornalista genial, alta e bonita, classificada pelos colegas como 'mulher de elite'. Sumire vive em um ambiente de trabalho tenso e sofre todo tipo de preconceitos por ser uma mulher bem sucedida e não muito feminina em uma sociedade machista onde a mulher deve ser submissa ao homem, logo no início a personagem relata sofrer de constantes 'dores de cabeça' e o primeiro episódio usa de certa sutileza para fazer com que o espectador perceba a seriedade dessas 'dores de cabeça', um quadro de depressão.
Um dia voltando do trabalho Sumire encontra um garoto mais novo (Matsumoto Jun) machucado e desacordado na porta de sua casa, e decide abriga-lo por uma noite. O menino pede pra ficar morando por lá e na esperança de enxotá-lo ela coloca a condição que ele fique como seu 'pet' isso é sem direito nenhum, absolutamente submisso e obediente em troca de uma casa e comida, para sua surpresa o menino aceita de prontidão e até pede pra que ela lhe dê um novo nome, Momo.
"Você não tem orgulho nenhum?"
"não."
E assim inicia-se uma história que primeiramente eu pensei ser apenas mais um dorama bobo e sem pé nem cabeça, baseado em um mangá mediano, mas pelo contrário, Kimi wa petto trata de assuntos sérios da sociedade de uma forma as vezes explícita as vezes bem singela, machismo, feminismo, depressão, solidão, trabalho, preconceito entre outros. Apesar da se desenvolver apartir de uma situação absurda, tudo é tratado de forma muito natural debatendo abertamente, aspectos do relacionamento e ainda que analise tudo em forma de diálogo, as cenas de tensão sexual são na maioria sem falas, deixando a responsabilidade na mão dos atores que desempenharam seus papeis com maestria.
O drama também te presenteia com um triangulo amoroso divertidissimo, do tipo que divide o espectador e o deixa nervoso e emocionado com todos acontecimentos sem apresentar os tão comuns personagens maniqueístas.
Não é o tipo de drama que toma um rumo inesperado e não posso chamar de 'life changing' mas é uma pedida deliciosa! Indico para pessoas que já se esqueceram do porque gostavam tanto de ler mangá shoujo e derivados.
Fiquei particularmente curiosa para ler o mangá que começou a ser lançado em 2000 e foi publicado nos Estados Unidos, Alemanha, França e itália.

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