quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sobre Pikanchi Life is Hard Dakedo Happy ピカ☆ンチ Life is HardだけどHappy


Hoje meu review é sobre um filme "bem atual" que eu estava assistindo de novo.
Pikanchi Life is hard dakedo Happy (ピカ☆ンチ Life is HardだけどHappy)2002.

Pikanchi foi mais um daqueles filmes que eu fui assistir por causa do elenco, sem esperar muita coisa além de uma diversão pra matar o tempo e fui incrivelmente surpreendida com um filme que vai muito além disso.
Cinco garotos por volta dos 17 anos que moram num condomínio de subúrbio em Tokyo e devem decidir que rumo tomar com suas vidas, agora que não são mais crianças, mas também não podem ser chamados de adultos. Shun, Bon,Takuma, Haru e Chu tem sido amigos desde muito novos e cresceram dentro do subúrbio indo raramente para o centro, no começo da aventura os garotos vão sozinhos para Harajuku numa espécie de rito de independência com o objetivo maior, é claro, de arrumar garotas.
Durante a excursão os amigos tomam rumos diferentes que vão influenciar suas escolhas no futuro.
Takuma (Ninomiya Kazunari) – o líder da turma – enfrenta uma situação difícil em casa depois que sua mãe deixa a família por não aturar viver na extrema pobreza e o deixa morando sozinho com seu pai depressivo; Sem perspectivas o garoto dedica quase todo o seu tempo a praticar skate e é considerado o melhor skatista do subúrbio, uma vez em Harajuku ele descobre que existem pessoas com habilidades superiores as dele e que o mundo é muito maior do que aquilo que ele conhece.
Bon (Matsumoto Jun) é o “weirdo” dos cinco. Por seu pai ter uma loja ele vive na parte ‘rica’ do condomínio e assim foi apelidado pelos outros. Quando vão pra Harajuku Bon tenta vender crepes caseiros e mais tarde começa a estudar culinária com vietnamitas da vizinhança.
Chu (Sakurai Sho) é o clássico yankee membro de uma gangue que foi expulso do colégio por mau comportamento. Apesar da aparência ‘assustadora’ e do comportamento violento o garoto é extremamente sensível; órfão de pai e incapaz de se formar Chu não tem perspectivas para o futuro além de continuar na sua gangue ganhando títulos de briga de rua.
Haru (Satoshi Ohno) é um garoto tímido de comportamento antissocial. Sem grandes ambições ou sonhos, suas maiores preocupações são guiadas pelos hormônios; Haru cumpre o seu papel e segue o plano de vida que é esperado de um garoto nascido e criado no subúrbio, o de não deixar o lugar nunca; O menino se sente extremamente mal ao ver os amigos tomando rumos diferentes e pensando em deixar o lugar.
Shun (Masaki Aiba)é o personagem de ‘senso comum’ e também o narrador do filme. Assim como os amigos não tinha altas ambições para o futuro, até conhecer uma garota no passeio de Harajuku que o incentiva a prestar o exame de ingresso na universidade Aoyama. O garoto então toma o ingresso na universidade como seu principal objetivo e começa a estudar com afinco, sendo o único de seus amigos a vislumbrar uma vida fora do condomínio.
O filme segue contando a jornada de cada um dos meninos durante essa decisiva fase de suas vidas; A ansiedade, o tédio, a puberdade, a pressa em amadurecer assim como o medo de crescer e outros aspectos da juventude são retratados nos garotos, que começam a tomar rumos diferentes. Enquanto uns anseiam positivamente pelo futuro outros desejam que nada mude e sofrem com a separação da infância.
Uma incrível cena do filme é quando ao observar um bote no rio onde homens bêbados engravatados costumam dar festas em companhia de hostess, os protagonistas prometem uns para os outros que independentemente do que aconteça nunca serão como este tipo de adulto.
O filme é bem humorado, engraçado, divertido e sensível assim como tende a ser a adolescência; apesar de alguns problemas de storyline e personagens bem caricatas ele cumpre seu papel e passa a sua mensagem, é impossível não se divertir com as cenas típicas da idade ou não se identificar com a angústia, também da fase.
Infelizmente Pikanchi não é muito popular fora do seu fandom, mas merece sim ser visto por várias pessoas; desde que o espectador esteja disposto a ver um filme que se mostra profundo não pelos diálogos mas pela atmosfera que cria.

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